Twitter, seu lugar de opinião

Faz sentido criar um perfil no Twitter para sindicatos?

“Presidente da República declara no Twitter que…”

“Post sobre eutanásia divide opiniões”

“Cantora manda indireta a gravadora pelo Twitter”

“Trend no Twitter sobre anos 80 vira febre”

Já notou quantas notícias têm origem no Twitter? Todos os dias, portais, celebridades, políticos, especialistas, professores, cientistas, atletas, analistas, produtores de conteúdo e milhões de “anônimos” movimentam essa rede social – e muita coisa que acontece lá dentro reverbera do lado de fora.

Mesmo estando em décimo lugar entre as redes sociais com mais usuários no Brasil (24 milhões), o Twitter tem uma inegável relevância na opinião pública. Por quê?

Porque, desde seu início, o Twitter se estabeleceu como um lugar de opinião. Ainda que permita fotos, gifs, áudios e vídeos, seu recurso mais utilizado sempre foi o texto escrito. É a rede que as pessoas acessam para seguir veículos de comunicação, pensadores, pessoas públicas, para se informar e para sentir a repercussão das principais notícias. É também o lugar do humor mais crítico, mais reflexivo.

É claro que o Twitter também se tornou um lugar de conflitos – muitos conflitos! Tudo pode ser motivo de crítica, e toda crítica pode se tornar uma polêmica, um cancelamento, uma grande treta. Mas isso não impede a ferramenta de cumprir sua principal função: ser um lugar para se discutir, de preferência com civilidade e abertura para ouvir o outro.

E onde entra o sindicato no Twitter?

Por suas características como rede com amplo fluxo político e de causas, o Twitter é um lugar bem convidativo para as entidades sindicais. Com a ajuda do algoritmo, que apresenta os conteúdos para quem tende a ter mais interesse neles, é possível atingir diversos setores da sociedade. Seguidores e não seguidores podem interagir com os posts – curtindo, comentando, retuitando -, ampliando seu alcance. Por isso, graças à capilaridade da rede, é possível sensibilizar pessoas engajadas politicamente nas lutas e pautas dos trabalhadores e sindicatos. A qualidade do público alcançado, mais do que a quantidade, é o principal valor do Twitter.

Bons textos, com clareza, correção e poder de síntese, podem alcançar grande repercussão. “Fios” contando histórias ou explicando conceitos podem ser úteis para muita gente. Comentários em posts de terceiros, como um portal de notícias ou um parlamentar, ajudam a divulgar seu perfil. E posts de oportunidade, sobre assuntos “do momento”, têm bom potencial de viralização.

Por tudo isso, o Twitter pode ajudar os sindicatos a furarem a bolha e trazerem a sociedade para o seu lado. Pense nisso.

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